Buxo | olho-de-gato
Buxus sempervirens L.
Família: Buxaceae ; Publicação: 1753
Distribuição geográfica: oeste e sul da Europa, noroeste da África e sudoeste da Ásia. Embora em Portugal, as populações indígenas apenas habitem alguns locais acima do rio Douro, é uma planta que se adapta sensivelmente a todo o território.
Caducidade: persistente
Altura: até 5m
Longevidade: pode atingir os 600 anos
Porte: arbusto alto ou uma pequena árvore, dependendo também da poda efectuada.
Ritidoma: cinzento-acastanhado claro, ficando mais fendido e reticulado com a idade.
Folhas: oposto-cruzadas, rijas, brilhantes, de pecíolo curto, frequentemente chanfradas no ápice, verde-escuras na página superior e mais claras na inferior, elípticas, até 3cm de comprimento.
Estrutura reprodutiva: flores agrupadas na axila das folhas superiores; fruto, uma cápsula com estiletes longos e persistentes formando 3 cornículos.
Floração: janeiro-maio
Maturação dos frutos: setembro
Habitat e ecologia: leitos de cheias de rios, subcoberto de florestas e sebes; pontualmente em solos derivados de rochas ultra-básicas; por vezes escapada de cultura em solos calcários. Tolera temperaturas até -20°C, embora prefira invernos mais amenos. Gosta de luz ou semi-sombra e solos bem drenados. É uma boa planta para as abelhas.
Usos e costumes: uma das espécies mais cultivadas em jardim, muito utilizada em sebes modeladas pela poda; facilmente propagada por estaca; madeira dura, excelente para tornear, estampar, usada em pentes, tigelas, etc; as plantas indígenas do nordeste de Portugal são utilizadas no fabrico de cabos de navalhas e também ponteiras de gaitas-de-foles. Apesar de ter sido usada no passado para tratar as mais diversas doenças, é pouco usada na fitoterapia atual.
Modos de propagação: Por semente: não é necessária estratificação, mas pode assegurar uma germinação mais regular. Enterrar as sementes assim que estiverem maduras, o mais cedo possível no ano. Costumam germinar de entre 1 a 3 meses a 15°C. Assim que as plantas tiverem o tamanho suficiente, separe-as em vasos individuais, mudando-as para os seus sítios definitivos na primavera seguinte. Por estaca:corte pequenos ramos laterais, raspando parte do ritidoma (casca) na base, em setembro (grande percentagem, embora algo lento a ganhar raízes). Também estacas com um nó, na primavera.
Designação em inglês / espanhol: Box / Boj común
Estado de conservação: NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX
* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada), VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)
Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida
Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.
PERIGO: Todas as partes da planta são venenosas, especialmente as folhas e a casca do tronco.
Rúben Boas
Rúben Boas
Rúben Boas
zona mais adequada à plantação