Sorveira-branca
Sorbus aria (L.) Crantz
Família: Rosaceae ; Publicação: 1763
Sinónimos: Crataegus aria L.
Distribuição geográfica: nas montanhas de quase toda a Europa, Turquia e Cáucaso, e no norte de África. Em Portugal, em serras do centro e norte.
Caducidade: caduca
Altura: até 20m
Longevidade: cerca de 100 anos
Porte: árvore de copa ovóide, muito ramificada.
Ritidoma: acinzentado e liso, tornando-se ligeiramente fissurado com a idade.
Folhas: simples, de ovado-elípticas a transovadas com 5-12cm de comprimento, não recortadas na base, duplamente serradas acima; as folhas adultas são verde-intensas na página superior e branco tomentosas na inferior.
Estrutura reprodutiva: flores dispostas em corimbos terminais, pouco ramificadas; flores com receptáculo tomentoso, pétalas brancas, até 7mm, glabras ou quase, sépalas tomentosas na parte externa, ovário com 2-3 carpelos unidos na parte inferior; fruto, um pomo de subgloboso a piriforme, carnudo, vermelho brilhante na maturação.
Floração: abril, maio
Maturação dos frutos: setembro, outubro
Habitat e ecologia: principalmente bosques caducifólios de montanha. Ocorre até aos 2200m. Prefere solos calcários, mas soltos e não demasiado húmidos. Espécie de plena luz ou semi-sombra que necessita de precipitações moderadas. Temperatura mínima desejável de 0ºC. A árvore é hermafrodita e polinizada por insetos, atraindo assim bastante vida selvagem. Tolera exposição ao mar e à poluição.
Usos e costumes: A sua madeira é apreciada por ebanistas e torneadores. Proporciona bom combustível. Muito útil para fixar o terreno em encostas de forte inclinação e solos pobres. Os seus frutos podem ser consumidos quando bem maduros (ver PERIGO) ou usados em compotas.
Modos de propagação: Por semente: Semear assim que os frutos estejam maduros. A germinação será mais fácil se se demolhar as sementes em água morna durante duas semanas, seguido de 3 a 4 meses de estratificação a frio, por isso deve-se semear o mais cedo possível no ano. As plantas desenvolvem-se um pouco lentamente de início pois desenvolvem primeiro um bom sistema radicular. É aconselhável manter as árvores protegidas no primeiro inverno, e mudá-las para os seus locais definitivos na primavera seguinte.
Designação em inglês / espanhol: Whitebeam / Serbal blanco
Estado de conservação: NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX
* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada),VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)
Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida
Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.
PERIGO: Os frutos provavelmente contêm cianeto de hidrogénio. É o ingrediente que dá às amêndoas o seu sabor característico. A não ser que sejam muito amargos, não deverão constituir problema em pequenas quantidades. Em pequenas quantidades o cianeto de hidrogénio tem demonstrado ser benéfico para estimular a respiração e a digestão, sendo também bom para o tratamento do cancro. Contudo em excesso pode causar falência respiratória e morte.
Rúben Boas
zona mais adequada à plantação