Samouco | faia-das-ilhas
Myrica faya Aiton.
Família: Myricaceae ; Publicação: 1879
Distribuição geográfica: Macaronésia (Açores, Madeira e Canárias). Um número crescente de evidências indiciam tratar-se de uma espécie também indígena de Portugal continental, ocorrendo no litoral centro e sul. Espécie de grande importância nas florestas autóctones na Madeira e dos Açores.
Caducidade: persistente
Altura: até 10 m
Longevidade: superior a 100 anos
Porte: arbusto ou pequena árvore de copa arredondada
Ritidoma: acinzentado, muito rugoso com ramos algo retorcidos
Folhas: alternas, sem estípulas, com menos de 11cm de comprimento, lanceoladas a oblanceoladas, geralmente serradas no terço posterior, glabras e brilhantes, com pequenas pontuações algo tarnslúcidas na página inferior.
Estrutura reprodutiva: árvore dióica; flores agregadas em amentos unissexuais densos, os masculinos ramificados; flores muito pequenas, nuas; frutos drupáceos reunidos em frutificações carnudas e globosas.
Floração: março a junho
Maturação dos frutos: na sequência da floração
Habitat e ecologia: as populações autóctones surgem em comunidades termófilas, hiper-oceânicas, por isso sublitorais, em substratos siliciosos, preferencialmente arenosos (dunas terceárias, paleodunas, arenitos e mesmo granitos e sienitos). Prefere ambientes com alguma humidade. Os frutos são alimento para várias espécies de aves. A espécie fixa azoto, modificando rapidamente a fertilidade dos solos, permitindo a instalação de outras espécies e a acumulação de biomassa no solo. A espécie tornou-se invasora no Hawai, Austrália, Nova Zelândia e outras ilhas do Pacífico.
Usos e costumes: os frutos são comestíveis tanto em fresco como em compota; consistiam parte habitual da dieta dos Guanches, povos aborígenes das Ilhas Canárias. Apesar do fruto ser comestível, não é apreciado dada a sua adstringência e por deixar a língua áspera. Ainda assim foi utilizado como corante alimentar. Há notícia da sua utilização pela comunidade havaiana de ascendência açoriana para a confecção de um vinho. Os frutos foram usados como remédio adstringente para o catarro. A madeira desta árvore é de cor alaranjada a avermelhada, compacta, de grão fino e relativamente dura. Foi utilizada em marcenaria, especialmente em trabalhos de torneiro e para o fabrico de pequenos utensílios domésticos, e para lenha. Os caules eram usados como estacas. A casca foi utilizada na indústria de curtumes.
Modos de propagação: (Informação necessária)
Designação em inglês / espanhol: Firetree / Faya
Estado de conservação: NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX
* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada),VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)
Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida
Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.
Rúben Boas
Milton Pedrogam
zona mais adequada à plantação