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Oliveira |  zambujeiro (var. silvestre)

Olea europaea L

Família: Oleaceae  ; Publicação: 1753

Distribuição geográfica: região mediterrânica até ao médio oriente. Em Portugal no sul, centro e vale do Douro.

Caducidade: persistente

Altura: até 15m

Longevidade: pode viver mais de 2000 anos

Porte: árvore ou arbusto de copa larga e arredondada.
Ritidoma: tronco grosso, geralmente bastante tortuoso, de ritidoma cinzento, muito fendilhado.
Folhas: opostas, curtamente pecioladas, margem inteira, oblongo-lanceoladas, medindo 1-8 x 0,3-2cm, mucronadas, de cor verde-acinzentado na página superior e prateado na inferior graças a uma densa cobertura de pêlos peltados.
Estrutura reprodutiva: flores reunidas em rácimos densos nas axilas das folhas, cálice pequeno em forma de taça, corola branca, caduca, de uma só peça, aberta em estrela com 4 lóbulos; fruto, uma drupa de 1-3,5 x 0,6-2cm, elipsóide (azeitona).
Floração: fim de abril, maio e junho
Maturação dos frutos: setembro, outubro

Habitat e ecologia: a var. sylvestris ocorre no estrato arbóreo das florestas esclerófilas mediterrânicas especialmente em sobreirais e azinhais e torna-se dominante em solos vérticos constituindo florestas (zambujais). É também muito frequente nos matos altos, substituinte das florestas esclerófilas mediterrânicas. A var. europaea é cultivada em praticamente todos os países da bacia mediterrânica e tem a particularidade de suportar melhor as geadas e as baixas temperaturas e portanto ocorrer em altitudes maiores do que a variedade silvestre. Necessita entre 200 e 700mm de precipitação, mas resiste à seca assim que estiver estabelecida. Tolera ventos salgados.

Usos e costumes: a O. europaea var sylvestris é a oliveira cultivada em todo o Mediterrâneo desde a Antiguidade. Sabe-se hoje que a sua domesticação ocorreu um pouco por todo o Mediterrâneo, e não apenas no Mediterrâneo Oriental. O interesse alimentar (azeitonas e azeite) motivou cruzamentos e apuramentos para obter frutos de maior tamanho, o que causou um afastamento morfológico em relação à variedade silvestre (zambujeiro). As folhas têm aplicação medicinal, sendo usadas para combater a tensão alta. A sua madeira possui elevada resistência, serve para pequenas peças de marcenaria e marchetaria. Nas últimas décadas vem sendo cada vez mais usada em paisagismo.

Valores nutricionais de azeitonas verdes em conserva (por 100 g / %DDR):

Energia: 609 kJ (146 kcal)
Hidratos de carbono: 3,84 g
- dos quais açúcares: 0,54 g
- dos quais fibra: 3,3 g
Lípidos: 15,32 g
- dos quais saturados: 2,03 g
- dos quais monoinsaturados: 11,31 g
- dos quais poli-insaturados: 1,31 g
Proteínas: 1,03 g

Vit. A: 20 µg (3%)
Betacaroteno: 231 µg (2%)
Luteína e Zeaxantina: 510 µg
Vit. B1: 0,021 mg (2%) 
Vit. B2: 0,007 mg (1%)
Vit. B3: 0,237mg (2%)
Vit. B6: 0,031 mg (2%)
Vit. B9: 3 µg (1%)
Colina: 14,2 mg (3%)
Vit. E: 3,81 mg (25%)
Vit. K: 1,4 µg (1%)

Cálcio: 52 mg (5%)
Ferro: 0,49 mg (4%)
Magnésio: 11 mg (3%)
Fósforo: 4 mg (1%)
Potássio: 42 mg (1%)
Sódio: 1556 mg (104%)

Modos de propagação: Por semente: Semear o caroço da azeitona, logo que esta estiver madura, no outono. Pode ser reproduzida no interior, sendo melhor, neste caso, fazer algum tempo de estratificação a frio. Quando as plantas tiverem o tamanho suficiente para manusear pode mudá-las para o seu local definitivo, ou se preferir, colocá-las em vasos e deixá-las assim durante o inverno, mudando-as na primavera. Por estaca: na primavera, cortar ramos semi-maduros, com 5-10 cm, que tragam na base parte do ramo mais velho. (esta ligação é que produzirá raízes). Boa percentagem.  

Informações adicionais: é constituida na Europa por duas variedades: O. europaea subsp. europaea var. europaea O. europaea subsp europaea var. sylvestris (Miller) Lehr. (=O. sylvestris Mill; O. europaea var. oleaster (Hoffmans & Link) DC.; O. oleaster Hoffmans & Link) (zambujeiro). Esta última distingue-se da primeira pelas folhas e frutos de menor dimensão, os frutos todos negros quando maduros, e pelos ramos inferiores providos de espinhos.

Designação em inglês / espanhol: Olive / Olivo

Estado de conservação:  NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX

* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada), VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)

Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida

Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.

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Rúben Boas

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Rúben Boas

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Rúben Boas

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zona mais adequada à plantação

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