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Negrilho  |  mosqueiro, ulmeiro, olmo

Ulmus minor Miller

Família: Ulmaceae  ; Publicação: 1768

Sinónimos: U. procera Salisb.

Distribuição geográfica: norte e oeste da Ásia, Europa e norte da América. Não é consensual que se trate de uma espécie autóctone; alguns autores defendem que é um arqueófito, introduzido na proto-história. De qualquer forma, em Portugal, ocorre sobretudo a norte do Tejo.

Caducidade: caduca

Altura: até 35m

Longevidade: entre 150 a 200 anos, embora possa atingir os 600

Porte: árvore grande de copa estendida e pouco densa.
Ritidoma: tronco cinzento-acastanhado, liso em jovem, mais escuro, reticulado-fendido e espesso nos exemplares adultos.
Folhas: simples, alternas, bastante variávies, as distais dos ramos não ladrões de exemplares bem desenvolvidos, de ovado-lanceoladas a suborbiculares (até 10x7cm), agudas, 1-3 dentadas ou serradas, assimétricas na base, com o lóbulo basal menor que o pecíolo; página superior macia ou pubescente-áspera, a inferior pubescente, com até 15 pares de nervuras.
Estrutura reprodutiva: flores agrupadas em cimeiras densas, formando glomérulos rosa-purpúreos; frutos, sâmaras de até 2x1,7cm, orbiculares a obovadas, asas com 0,7cm; semente no terço superior da sâmara.
Floração: fevereiro, março
Maturação dos frutos: abril

Habitat e ecologia: solos frescos, profundos, férteis, indiferente ao pH, em margens de cursos de água, fundos de vales ou em bosques mistos. Espécie de luz que ocorre até aos 1700m. Vive com intervalos de precipitação muito variáveis, mas com um mínimo de água no solo. Desenvolvem-se em climas temperados (temperaturas não muito altas). Tolera exposição marítima e poluição atmosférica. Constitui alimento para larvas de muitos lepidópteros, havendo mais de 80 espécies de insectos associados a esta árvore.

Usos e costumes: usada em marcenaria pela sua madeira resitente e duradoura, particularmente útil em peças que tenham de estar submersas; também como ornamental e em sebes. As folhas podem ser consumidas frescas ou cozinhadas, no entanto podem ser amargas se já não forem jovens, ou usadas para chá. Os frutos, de um sabor agradável e fresco podem ser consumidos logo após se formarem. Foi muito utilizada pelos romanos como ornamental e árvore de sombra. No passado as suas folhas eram servidas a porcos e bovinos no pino do verão, quando o pasto e outros alimentos animais eram escassos. A grafiose (Ophiostoma novo-ulmi) tem afectado as populações naturais, impedindo o seu cultivo, ameaçando a espécie de extinção.

Modos de propagação:  Por semente: semear assim que estiverem maduras, germinando normalmente em poucos dias. Grande percentagem das sementes não é viável, por isso deve-se plantar bastantes para que algumas tenham sucesso. Sementes armazenadas não germinam tão bem, devendo ser semeadas no início da primavera. Assim que as plantas tiverem o tamanho suficiente, coloque-as em vasos individuais, protegendo-as no primeiro inverno. Plante-as nos locais definitivos na primavera. Não se deve deixar crescer as árvores por mais de dois anos no mesmo sítio, pois a raiz profunda interfere na mudança. Também por mergulhia de ramos basais.

Estado de conservação:  NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX

* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada),VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)

Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida

Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.

Designação em inglês / espanhol: English Elm / Negrillo

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Rúben Boas

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Rúben Boas

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Rúben Boas

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zona mais adequada à plantação

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