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Mostajeiro-das-cólicas | mostajeiro

Sorbus torminalis (L.) Grantz

Família: Rosaceae  ; Publicação: 1763

Sinónimos: Crataegus torminalis L.

Distribuição geográfica: Europa central e meridional, Ásia ocidental e norte de África. Em Portugal encontra-se em algumas serras do centro e norte.

Caducidade: caduca

Altura: até 25m

Longevidade: habitualmente entre 100 e 200 anos, embora possa atingir os 300.

Porte: árvore de copa piramidal, mais ou menos densa.
Ritidoma: acinzentado, fissurado, criando placas rectangulares.
Folhas: simples, ovadas, glabrescentes, com 5-9cm de comprimento e 3-4 pares de lóbulos profundos, serrados, triangulares ou lanceolados; verde-escuras e lustrosas na face superior, verde-claras e mates na inferior.
Estrutura reprodutiva: flores em corimbos terminais; flores com receptáculo tomentoso; pétalas brancas, até 5mm, glabras; sépalas tomentosas nas duas faces, ovário com 2 carpelos unidos; fruto um pomo subgloboso a piriforme, castanho-avermelhado na maturação, com muitas lentículas.
Floração: maio-julho
Maturação dos frutos: setembro, outubro

Habitat e ecologia: bosques caducifólios, principalmente de montanha, aparecendo muitas vezes em zonas abertas. Ocorre até aos 1400m. É indiferente ao pH, preferindo solos frescos, não muito húmidos nem muito secos. Espécie de sol ou de média sombra. Rega moderada. Temperaturas médias ideais entre os 6 e os 10ºC. Tolera ventos fortes mas não exposição costeira. Apresenta uma boa regeneração natural, sendo polinizada principalmente por insetos (moscas, abelhas e escaravelhos).

Usos e costumes: Proporciona muito bom combustível. A sua madeira é apreciada para fabricação de objectos torneados, gravados, instrumentos, e cabos de ferramentas. Em produção florestal pode ser conduzida em talhadia. Os frutos, em tempos utilizados como alimento, também constituíam um bom remédio para as cólicas, daí o seu nome científico. Os frutos são comestíveis crus ou cozinhados. Devem ser deixados num local seco e fresco até ficarem para lá de maduros mas sem apodrecer, lembrando sabores de frutos tropicais. Contudo tenha em atenção a quantidade (ver no fim: PERIGO).

Modos de propagação: Por semente: semear assim que amadurecerem. Pode fazer-se estratificação à temperatura ambiente durante duas semanas seguidas de 3-4 meses a frio, semeando-as o mais cedo possível no ano. Separe as plantas em vasos individuais assim que possam ser manuseadas. Garanta-lhes bastante luz. As plantas crescem devagar no primeiro ano ou dois, ao contrário das raízes que se desenvolvem muito. Proteja as plantas do frio no primeiro ano e mude-as para o destino final na primavera.

Designação em inglês / espanhol: Wild Service Tree / Mostajo

Estado de conservação:  NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX

* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada),VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)

Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida

Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.

PERIGO: Os frutos provavelmente contêm cianeto de hidrogénio. É o ingrediente que dá às amêndoas o seu sabor característico. A não ser que sejam muito amargos, não deverão constituir problema em pequenas quantidades. Em pequenas quantidades o cianeto de hidrogénio tem demonstrado ser benéfico para estimular a respiração e a digestão, sendo também bom para o tratamento do cancro. Contudo em excesso pode causar falência respiratória e morte.

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Rúben Boas

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zona mais adequada à plantação

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