top of page

Loureiro

Laurus nobilis L.

Família: Lauraceae  ; Publicação: 1753

Distribuição geográfica: região mediterrânica. Em Portugal encontra-se abundantemente no centro e norte mais atlânticos.

Caducidade: persistente

Altura: até 12m, normalmente de 5 a 10m

Longevidade: não vive muito além de 100 anos

Porte: árvore dióica de tronco direito, copa densa, algo irregular de forma acuminada.
Ritidoma: liso, castanho-esverdeado.
Folhas: simples, alternas, verde-escuras e lustrosas na face superior, mais pálidas na inferior; coriáceas, de 6-12cm, sem pêlos e em forma de ferro-de-lança; de margem interira ligeiramente ondulada; nervuras secundárias pouco salienes, curvas e não atingindo claramente a margem; aromáticas.
Estrutura reprodutiva: flores amarelo-claras com 4 peças petalóides e 8-12 estames; fruto uma drupa carnuda, ovóide, semelhante a uma azeitona, com 1-1,5cm de comprimento; negra quando madura.
Floração: fevereiro, abril
Maturação dos frutos: princípios do outono

Habitat e ecologia: sebes e bosques sublitorais, sob clima ameno, sem geadas prolongadas. Ocorre até aos 900m. É indiferente ao pH, necessitando de solos húmidos, soltos e férteis. Espécie de semi-sombra. Necessita de precipitações ou rega nos meses de verão. Resiste moderadamente ao frio, mas mais dificilmente a ventos fortes frios. Não se dá bem com excessiva exposição marítima. É uma árvore altamente resistente a pragas e doenças.

Usos e costumes: uso culinário e medicinal (tónico estomacal, carminativo, regulador do ciclo menstrual, reumatismo, etc.). As folhas podem ser utilizadas verdes ou secas, contudo não deve passar mais de um ano depois de colhidas, pois perdem o seu aroma. Uso ornamental, suportando bem o recorte. Desde a Antiguidade é utilizado para distinguir os méritos individuais por meio da atribuição de coroas de louros aos atletas vencedores e os poetas laureados; também o título de bacharel reflecte esse costume (baccalauréat – premiado com a “baga do louro”, Bacca Laureat). Ajuda a proteger as plantas circundantes de insetos.

Modos de propagação: Por semente: Simplesmente semear as sementes assim que estiverem maduras. Dependendo do local deve-se proteger a árvore do frio no inverno. Devem ser plantadas nas suas posições permanentes em altura de temperaturas amenas e de humidade. Por estaca: Pode cortar-se ramos semi-lenhificados em julho / agosto, sendo aconselhável esperar 6 meses antes de mudá-la de lugar. Também é possível cortar ramos laterais maduros, de cerca de 10cm, que tenham um nó, em novembro / dezembro (alta percentagem de sucesso). Por alporquia.

Informações adicionais: o loureiro continental (L. nobilis L.) pertence a uma espécie distinta da dos ocorrentes nas ilhas: quer L. azorica (Seub.) Franco, dos Açores, quer L. novocanarensis Rivas-Mart. et al. da Madeira, distinguem-se do loureiro continental pelas nervuras secundárias muito rectas, salientes e atingindo a margem, e ainda pelo indumento das folhas e pecíolos castanho-acobreado.

Designação em inglês / espanhol: Bay Laurel / Laurel

Estado de conservação:  NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX

* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada),VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)

Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida

Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.

loureirodesenho.jpg

Rúben Boas

loureirof.jpg

Rúben Boas

loureirofl.jpg

Rúben Boas

loureirofr.jpg

Rúben Boas

loureirotr.jpg

Rúben Boas

loureiromapa.jpg

zona mais adequada à plantação

bottom of page