Freixo | freixo-de-folhas-estreitas
Fraxinus angustifolia Vahl
Família: Oleaceae ; Publicação: 1804
Distribuição geográfica: sul, este e centro da Europa. Em Portugal é comum em todo o território.
Caducidade: caduca
Altura: até 35m, normalmente menos de 20m
Longevidade: cerca de 200 anos
Porte: árvore de copa ovalada
Ritidoma: castanho-acinzentado, liso em jovem, tornando-se densamente fendido e rugoso com a idade.
Folhas: opostas, compostas, glabras, com 3-13 folíolos de margem inteira na base e remotamente dentados acima, linear-lanceolados.
Estrutura reprodutiva: flores em panículas laterais, apétalas, aparecendo antes das folhas; fruto, sâmaras glabras, elípticas ou oblongas com o ápice ponteagudo; cor amarela
Floração: fevereiro - abril
Maturação dos frutos: final do verão
Habitat e ecologia: margens de cursos de água e bosques em solos mesotróficos; muito frequente a marginar pastagens permanentes seminaturais (lameiros). Condições óptimas até aos 1600. É indiferente ao pH, necessitando de um solo fresco e com um certo grau de humidade. Espécie de sol, que precisa de humidade ambiental abundante. Muito resistente ao frio e ventos e tolera poluição atmosférica. Contudo é afetada pelo ar costeiro.
Usos e costumes: a sua madeira é muito usada em cabos de utensílios devido à sua elasticidade e tenacidade. É uma árvore muito comum em parques e jardins como ornamental. Tal como nas restante espécies do género Fraxinus, a sua folhagem constitui um óptimo alimento para o gado, de importância acrescida após a morte da maior parte dos ulmeiros (Ulmus minor) portugueses, com a chegada da grafiose ou doença holandesa do ulmeiro. Os freixos tradicionalmente eram explorados em talhadia alta, prática infelizmente em acentuada recessão, com consequências na qualidade dos pastos situados na sua vizinhança.
Modos de propagação: Por semente: é melhor colher a semente ainda verde (já totalmente desenvolvida, mas antes de ter secado por completo na árvore) e semeá-la de seguida. Geralmente a germinação ocorre na primavera. Se armazenar as sementes, estas deverão necessitar de um período de estratificação a frio. Quando as plantas tiverem o tamanho suficiente, pode mudá-las para vasos e protegê-las durante o primeiro inverno. Na primavera, plante-as nos locais definitivos.
Informações adicionais: o F. oxycarpa Bieb. é muito semelhante a F. angustifolia sendo considerado por alguns autores como uma subespécie. Distingue-se pela presença de pêlos na página inferior dos folíolos junto à nervura, sendo cultivado como ornamental em algumas zonas do país.
Designação inglesa / espanhola: Narrow-leafed Ash / Fresno común
Estado de conservação: NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX
* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada),VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)
Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida
Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.
Rúben Boas
Rúben Boas
Rúben Boas
zona mais adequada à plantação