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Cerejeira  |  cerdeira, cerejeira-brava

Prunus avium L.

Família: Rosaceae  ; Publicação: 1755

Sinónimos: Cerasus avium (L.) Moench

Distribuição geográfica: toda a Europa exceto o extremo norte e este. Em Portugal ocorre sobretudo no norte e centro.

Caducidade: caduca

Altura: até 30 m, normalmente entre 10 e 20 m

Porte: árvore de copa ampla, algo piramidal, normalmente sem rebentos de raíz.
Ritidoma: liso, anelado, de cor castanha-avermelhada, que se destaca em largos aneis transversais.
Folhas: simples, obovado-oblongas a elípticas, com 6-15 x 3-8 cm, acuminadas, crenado-serradas; pecíolo com 2-5cm, apresentando geralmente 2 glândulas vermelho-anegradas junto à base do limbo; verde mate na página superior e pilosas na inferior.
Estrutura reprodutiva: flores pediceladas fragrantes, reunidas em cimeiras 2-6 flores, sésseis, rodeadas na base por numerosos catafilos escariosos do gomo; corola de ca. 2-3 cm de diâmetro; fruto uma drupa globosa ou cordiforme (1cm de diâmetro, ou maior, nas variedades cultivadas), glabra, não pruinosa; endocarpo subgloboso, liso, pedicelos de 2-5 cm; cor vermelha.
Floração: primavera, desde finais de março
Maturação dos frutos: maio - julho

Habitat e ecologia: bosques caducifólios húmidos, barrancos, margens de rios e noutros lugares frescos e profundos. Embora não sendo prejudicada por solos siliciosos, prefere os calcários. Ocorre habitualmente entre os 200 e os 1000m. Espécie de meia-sombra ou luz. Necessita de humidade, rega ligeira a moderada. Pode suportar temperaturas até -20ºC. As cerejas são muito apreciadas por pássaros como por exemplo o melro e a tordoveia. As flores fornecem alimento a abelhas, borboletas e aves como o chapim-azul. Como árvore de cultivo é desaconselhada a sua presença perto de batatas, trigo e ameixieras.

Usos e costumes: cultivada frequentemente como fruteira ou ornamental. O fruto pode ser comido cru ou cozinhado para fazer compotas. Ferindo a casca de árvore obtém-se uma goma comestível. Da cereja obtém-se o “Kirsch”, uma espécie de aguardente. Ainda que tenha tendência a torcer-se, a sua madeira é muito utilizada em marcenaria pela sua cor e textura atraente.

Valores nutricionais da cereja (por 100 g / %DDR):

Energia: 263 kJ (63 kcal)
Hidratos de carbono: 16 g
dos quais açucares: 12,8 g
dos quais fibra: 2,1 g
Lípidos: 0,2 g
Proteínas: 1,1 g

Vit. A: 3 µg (0%)
Betacaroteno: 38 µg (0%)
Luteína e Zeaxantina: 85 µg
Vit. B1: 0,027 mg (2%) 
Vit. B2: 0,033 mg (3%)
Vit. B3: 0,154 mg (1%)
Vit. B5: 0,199 mg (4%)
Vit. B6: 0,049 mg (4%)
Vit. B9: 4 µg (1%)
Clolina: 6,1 mg (1%)
Vit. C: 7 mg (8%)
Vit. K: 2,1 µg (2%)

Cálcio: 13 mg (1%)
Ferro: 0,36 mg (3%)
Magnésio: 11 mg (3%)
Manganês: 0,07 mg (3%)
Fósforo: 21 mg (3%)
Potássio: 222 mg (5%)
Zinco: 0,07 mg (1%)

Modos de propagação: Por semente: requer 2-3 meses de estratificação a frio deve ser semeada assim que as cerejas amaducerem. A germinação pode ser muito lenta, por vezes demorando 18 meses. Quando as plantas tiverem algum tamanho separe-as em vasos individuais e proteja-as durante o primeiro inverno. Mude-as para os locais definitivos na próxima primavera. Por estaca: estacas semi-lenhificadas com parte do ramo anterior na base, em junho / julho. Estacas verdes de plantas vigorosas na primavera. Por divisão de ramos basais em época de dormência, podendo estes ser plantados logo nos sítios finais. Também por alporquia na primavera.

Informações adicionais: são cultivadas como fruteiras várias outras variedades (e.g. var duracina (L.) L. e var. juliana (L.) Thuill.).

Designação em inglês / espanhol: Wild Cherry / Cerezo Común

Estado de conservação:  NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX

* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada),VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)

Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida

Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.

PERIGO: Apesar de não haver uma referência concreta quanto a esta espécie, praticamente todos os membros do género produzem cianeto de hidrogénio. É o ingrediente que dá às amêndoas o seu sabor característico. Está presente sobretudo na semente e folhas. Qualquer fruto demasiado ácido não deve ser ingerido. Em pequenas quantidades o cianeto de hidrogénio tem demonstrado ser benéfico para estimular a respiração e a digestão, sendo também bom para o tratamento do cancro. Contudo em excesso pode causar falência respiratória e morte.

 

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