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Cerejeira-de-Santa-Lúcia

Prunus mahaleb L.

Família: Rosaceae  ; Publicação: 1753

Sinónimos: Cerasus mahaleb (L.) Mill.

Distribuição geográfica: Centro e sul da Europa até partes da Ásia central. Em Portugal ocorre no nordeste.

Caducidade: caduca

Altura: até 10 m

Porte: pequena árvore ou arbusto, de copa arredondada, inerme.
Ritidoma: brilhante e polido; raminhos glanduloso-puberulentos quando jovens.
Folhas: largamente ovadas com 2-7 x 1,5-4 cm, cuspidadas, de margem crenado-serrada com dentes glandulosos, pubescentes nas nervuras da página inferior ou glabrescentes, pecíolo com 1,5-2 cm, apresentando geralmente 2 glândulas amareladas ou avermelhadas junto à base do limbo.
Estrutura reprodutiva: flores muito fragrantes reunidas em grupos de 3-11 rácimos umbeliformes sobre ramos laterais folhados; pedicelos de 4-20 mm, glabros; corola de c.a. 1-2 cm de diâmetro; floração surgindo ao mesmo tempo que as primeiras folhas; fruto, uma drupa com 8-10 mm, ovóide, apiculada, negra, com mesocarpo delgado, amargo, endocarpo liso.
Floração:  março-junho
Maturação dos frutos: após a floração

Habitat e ecologia: talvegues de encostas secas, bosquetes e matas abertas. Prospera com luz total ou um pouco de sombra. Tolera todo o tipo de solos, até os pobres, desde que bem drenados. Tem um sistema radicular superficial, o que fará com que nasçam rebentos das raízes que forem danificadas. Atrai a vida selvagem. O Melro e a Toutinegra-de-barrete-preto são dos principais responsáveis pela dispersão das suas sementes.

Usos e costumes: a sua madeira fragrante, dura e pesada, é empregue no fabrico de objetos torneados e também cachimbos. Pode servir de porta-enxertos de cerejeira.Os frutos podem ser comestíveis ou não, contudo não se deve ingerir caso sejam muito amargos devido à sua toxicidade. (VER PERIGO)

Modos de propagação: Por semente: a semente deve ser colhida assim que estiver madura e requer estratificação a frio durante 2-3 meses. A germinação pode ser lenta, sendo por vezes, necessários 18 meses. Quando as plantas tiverem tamanho suficiente para manusear, separe-as em vasos individuais. Mantenha-as abrigadas no primeiro inverno e plante-as nos locais definitivos na primavera. Por estaca: estacas semi-lenhificadas, incluindo na base, parte do ramo anterior, em julho/agosto. Estacas verdes de plantas com bom crescimento no fim da primavera, início do verão. Ainda por alporquia, na primavera. 

Designação em inglês / espanhol: Mahaleb Cherry / Cerezo de Santa Lucía

Estado de conservação:  NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX

* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada),VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)

Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida

Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.

PERIGO: Apesar de não haver uma referência concreta quanto a esta espécie, praticamente todos os membros do género produzem cianeto de hidrogénio. É o ingrediente que dá às amêndoas o seu sabor característico. Está presente sobretudo na semente e folhas. Qualquer fruto demasiado ácido não deve ser ingerido. Em pequenas quantidades o cianeto de hidrogénio tem demonstrado ser benéfico para estimular a respiração e a digestão, sendo também bom para o tratamento do cancro. Contudo em excesso pode causar falência respiratória e morte.

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Rúben Boas

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Rúben Boas

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zona mais adequada à plantação

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