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Carvalho-negral  |  carvalho-pardo-das-Beiras

Quercus pyrenaica Willd

Família: Fagaceae  ; Publicação: 1805

Sinónimos: Q. toza auct.

Distribuição geográfica: oeste e sudoeste de França, Península Ibérica e Marrocos. Em Portugal é mais frequente no centro e norte.

Caducidade: marcescente

Altura: até 25 m

Longevidade: entre 120 e 300 anos

Porte: árvore de copa ampla
Ritidoma: cinzento-escuro, baço, gretado em placas.
Folhas: simples, alternas, lobadas a partidas (atingindo 2/3 da largura da aba da folha); de lobos arredondados no ápice; membranáceas; muito tomentosas (com pêlos densos e acamados), sobretudo na página inferior; verde-escuro acinzentado, podendo apresentar tons violáceos ou rosa nas folhas mais jovens; pecíolo comprido (0,5 - 2 cm).
Estrutura reprodutiva: amentos pilosos; fruto, bolota de 1,5 - 4,5 cm com a cúpula de escamas curtas, imbricadas e pilosas.
Floração: abril, maio
Maturação dos frutos: outubro, novembro

Habitat e ecologia: dominante em matas de clima mediterrânico (com período de seca estival importante) relativamente chuvoso mas continental (isto é, com geadas importantes). Ocorre normalmente entre os 400 e os 1600m, mas também desde 0 a 2100m. Prefere solos siliciosos. Espécie de média luz, necessitando de uma precipitação média anual superior a 600mm e humidade ambiental. Temperatura ideal no inverno entre -5 e 7ºC e no verão entre 12 e 22ºC. Tem um importante papel protetor do solo e regulador dos ciclos hidrológicos. À semelhança de outros carvalhos, é uma importante fonte de alimento para muitas espécies animais, desde insetos a aves e mamíferos. Também proporciona habitat favorável ao aparecimento de plantas como o Selo-de-salomão, a Arenária, ou a Rosa-albardeira e também de cogumelos.

Usos e costumes: usada em tanoaria, marcenaria e carpintaria. A casa foi usada para curtimenta de peles. Utilizada para carvão e lenha. Os seus bosques mais ou menos luminosos e com uma densidade variável são adequados para campismo.

Modos de propagação: Por semente: Deve apanhar-se as bolotas do chão ou da árvore, desde que não seja necessária muita força para as arrancar. É aconselhável usar as bolotas maiores e mais pesadas (as que flutuarem na água não estão em boas condições). As bolotas perdem rapidamente a sua viabilidade se deixá-las secar. Depois de enterradas deve-se protegê-las de ratos, javalis, etc. Podem ser armazenadas num local fresco e com humidade no interior. Também de pode plantar algumas sementes em vasos fundos. As plantas produzem uma raiz profunda, logo têm de ser mudadas para as suas posições finais o mais rápido possível. Na verdade as bolotas plantadas in situ produzirão as melhores árvores.

Informações adicionais: Hibrida frequentemente com Q. faginea (Q. x welwitschii Samp) e Q. robur (Q. x andegavensis Hy).

Designação em inglês / espanhol: Pyrenean oak / Melojo

Estado de conservação:  NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX

* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada),VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)

Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida

Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.

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Rúben Boas

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Pastor Santamarina

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riomoros.blogspot.pt

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Luis Fernández García

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zona mais adequada à plantação

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