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Carrasco 

Quercus coccifera L.

Família: Fagaceae  ; Publicação: 1753

Distribuição geográfica: região mediterrânica, desde Portugal e Marrocos até à Grécia. Em Portugal ocorre principalmente na metade sul do território.

Caducidade: persistente

Altura: até 4m

Longevidade: ultrapassa os 100 anos

Porte: arbusto alto, amoitado
Ritidoma: acinzentado, liso e brilhante
Folhas: oblongas ou ovadas, com 5-11cm e 5-8 nervuras, coriáceas e rijas; margem dentado-espinhosa; em ambas as faces verde-brilhantes e sem pêlos.
Estrutura reprodutiva: flores esverdeadas, de lobos agudos e ciliados, em amentos com pêlos esparsos; fruto uma bolota globosa, de pedúnculo curto e rijo, envolta numa cápsula com escamas até 2mm de comprimento, levantadas e reviradas para trás, de aspecto arrepelado.
Floração: março-junho
Maturação dos frutos: final do verão, por vezes do ano seguinte.

Habitat e ecologia: dominante em matos xerófilos, escarpas secas e rochosas, tolerando bem a escassez de água. Não sendo exclusivo, tem preferência por calcários. Muitas vezes predomina nas etapas de degradação de carvalhais cerquinhos e azinhais. Espécie beneficiada por fogos recorrentes. Ocorre normalmente até aos 1000 m de altitude. Resiste bem a temperaturas extremas, quer de verão, quer de inverno. Prefere locais com sol ou pouca sombra. Produz híbridos com outras espécies do género. É sensível a perturbações nas raízes.

Usos e costumes: o epíteto coccifera deriva do latim coccum, que designa uma cochonilha cuja fémea globosa infecta normalmente esta planta (género Kermes) e de onde se produzia na Antiguidade o corante carmim. Usada para produzir carvão; a casca foi usada como adstringente na medicina popular e por ser rica em taninos, para curtimenta de peles. Folhas são extensivamente consumidas pelos pequenos herbívoros domésticos. Os bogalhos que frequentemente são produzidos, podem ser usados como uma boa fonte de taninos. Da casca e das bolotas é obtido um corante preto.

Modos de propagação: Por semente: Deve apanhar-se as bolotas do chão ou da árvore, desde que não seja necessária muita força para as arrancar. É aconselhável usar as bolotas maiores e mais pesadas (as que flutuarem na água não estão em boas condições). As bolotas perdem rapidamente a sua viabilidade se deixá-las secar. Depois de enterradas deve-se protegê-las de ratos, javalis, etc. Podem ser armazenadas num local fresco e com humidade no interior. Também de pode plantar algumas sementes em vasos fundos. As plantas produzem uma raiz profunda, logo têm de ser mudadas para as suas posições finais o mais rápido possível. Na verdade as bolotas plantadas in situ produzirão as melhores árvores.

Designação em inglês / espanhol: Kermes Oak / Carrasco

Estado de conservação:  NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX

* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada),VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)

Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida

Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.

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Rúben Boas

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Wikiwand

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zona mais adequada à plantação

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