Azevinho | zebro
Ilex aquifolium L.
Família: Aquifoliaceae ; Publicação: 1753
Distribuição geográfica: sul e oeste da Europa estendendo-se para norte até ao norte de Alemanha. Em Portugal encontra-se principalmente no norte e centro, mas também em Lisboa e na Serra de Monchique.
Caducidade: persistente
Altura: até 20m, normalmente entre 4 e 10m
Longevidade: cerca de 300 anos
Porte: arbusto ou árvore de copa densa e muito ramificada
Ritidoma: casca lisa e cinzenta, tornando-se rugosa com a idade.
Folhas: simples, alternas, até 12cm, coriáceas, com uma forte nervura marginal, verde clara; onduladas e de margem espinhosa ou lisa; lustrosas, glabras e verde-intenso na face superior.
Estrutura reprodutiva: árvore dióica (com indivíduos femininos e masculinos); flores pequenas (até 1cm de diâmetro), brancas, funcionalmente unissexuais; frutos carnudos, pequenos, tóxicos, globosos e vermelhos, alaranjados ou amarelos, até 1cm de diâmetro, com 4-5 sementes.
Floração: abril, maio, junho
Maturação dos frutos: outubro
Habitat e ecologia: frequente em carvalhais e nas margens de cursos de água; frequente com pioneira em áreas temperadas. Habita até aos 1600m, de preferência em solos siliciosos. Espécie de sombra, embora possa viver ao sol. Necessita de humidade, mas sem encharcar. Rega moderada a abundante. Resiste às geadas mas é sensível às secas estivais. Tolera a poluição, ventos marítimos e tempreaturas até -15ºC. Tem um crescimento muito lento e ressente-se se for perturbada nas raízes. Costuma regenerar pela base após incêndios. Atrai bastante vida selvagem, como abelhas, e pássaros, pela valiosa fonte de alimento invernal. Os coelhos particularmente apreciam a casca da árvore.
Usos e costumes: uma das árvore mais cultivadas em jardim em Portugal continental, muito utilizada como ornamento natalício. Madeira mutio dura e densa (não flutua na água), procurada para trabalhos de marcenaria, podendo tingir-se de negro. Tanto os frutos como as folhas são tóxicos. Como tolera bem a poda pode ser usada com sucesso em sebes. Espécie protegida por lei (Decreto lei nº 423/1989, de 4 de Dezembro).
Modos de propagação: Por semente: semear assim que os frutos estiverem maduros, no outono, separando as sementes da polpa. Pode demorar 18 meses a germinar. Sementes armazenadas geralmente precisam de dois invernos e um verão para germinar. Escarificação, seguida de estratificação à temperatura ambiente e estratificação a frio pode acelerar o tempo de germinação. As pequenas plantas crescem bastante devagar, mas quando tiverem o tamanho suficiente para manusear, separe-as em vasos individuais, e proteja-as do frio e da luz excessiva durante o primeiro ano. Podem então ser plantadas nos seus locais definitivos na primavera. Por estaca: estacas quase lenhificadas com um pouco do ramo anterior na base, em agosto, num local sombreado e protegido. Deixe crescer 1 ano para depois as mudar. Por alporquia, em outubro, demorando, neste caso, 2 anos.
Informações adicionais: espécie difícil de distinguir do Ilex x altaclerensis (Loudon) Dallim., um híbrido frequente em jardinagem.
Designação em inglês / espanhol: Holly / Acebo
Estado de conservação: NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX
* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada), VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)
Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida
Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.
PERIGO: Os frutos e provavelmente outras partes da planta contêm saponinas e são tóxicos, causando diarreia, vómitos e choque. Contudo os níveis de toxicidade são baixos e em princípio só em grandes doses é que estes problemas surgirão.
Rúben Boas
Jan de Laet, plantsystematics.org
Jan de Laet, plantsystematics.org
Rúben Boas
Rúben Boas
Rúben Boas
zona mais adequada à plantação