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Amieiro  |  amieiro-comum

Alnus glutinosa L. Gaertner

Família: Betulaceae  ; Publicação: 1790

Distribuição geográfica: norte, centro e sul da Europa, noroeste da África e Ásia. Encontra-se em quase todo o território português.

Caducidade: caduca

Altura: até 30m

Longevidade: cerca de 150 anos

Porte: árvore grande de copa regular e piramidal nos jovens; em adulto, ramificação irregular
Ritidoma: pardo-acinzentado, liso quando jovem, tornando-se progressivamente pardo-anegrado, dividido por fendas pouco profundas em largas placas.
Folhas: simples, alternas, obovadas a suborbiculares, obtusas, truncadas ou retusas, duplamente dentadas, até 14cm com 5-8 pares de nervuras, glabras na página superior e, na inferior com tufos de pêlos amarelados nas axilas das nervuras.
Estrutura reprodutiva: flores masculinas agrupadas em amentos com 3-7,5cm, acastanhados; flores femininas agrupadas em amentos estrobiliformes; ambas as inflorescências em grupos de 3-5; frutos aquénios planos, bialados, muito pequenos, em frutificações estrobiliformes (1-2,5cm de comprimento e até 1,2cm de diâmetro) com escamas lenhosas, inicialmente verdes, depois negro-acastanhadas, com pedúnculos de 0,5-1mm de diâmetro.
Floração: fevereiro, março
Maturação dos frutos: formam-se no verão e lenhificam-se no outono

Habitat e ecologia: margens de rios e ribeiras, lagos, veigas, sítios inundados e húmidos. As árvores suportam longos períodos de submersão das suas raízes. Embora possam crescer em locais mais secos, não viverão tanto tempo. Ocorre dos 0 aos 1300m. Prefere solo ácido ou neutro. Espécie de luz e de crescimento rápido. Necessita de humidade permanente. Suporta grandes variações de temperatura (-30ºC a 40ºC) Tolera bastante os ventos marítimos. Devido à relação da planta com certos organismos do solo, é capaz de fixar azoto atmosférico, sendo benéfico para a agricultura. A espécie é uma boa fonte de alimento para muitas espécies de borboletas e mariposas e também para pequenos pássaros, no inverno. Existem pelo menos 90 espécies de insectos associadas. As sementes possuem tecidos cheios de ar que possibilitam o seu transporte ao longo dos cursos de água.

Usos e costumes: folhas e ritidoma ricos em taninos. Decocção usada para gagarejos (dores de cabeça). Possui nódulos radiculares semelhantes aos das leguminosas, melhorando as qualidades do solo. A madeira é polida e trabalhada com facilidade, além de ser boa para utilização submersa. Usado também para curtimenta de peles. É uma espécie colonizadora, foi das primeiras que se utilizaram no centro da Europa para fixar dunas; utiliza-se para formar barreiras corta-vento.

Modos de propagação: Por semente: Enterrar ligeiramente as sementes assim que estiverem maduras. Também se pode semear na primavera, desde que não se cubra as sementes. As sementes encontram-se nas pequenas frutificações em forma de pinha. Elas podem germinar logo no outono ou inverno ou também na primavera, assim que o tempo comece a aquecer. Quando as plantas tiverem crescido o suficiente, mude-as para vasos individuais. Quando já tiverem algum tamanho pode mudá-las para os sítios definitivos na primavera, ou no outono. Em média, apenas cerca de 3% das sementes são viáveis, por isso colha um bom número. Elas mantêm a sua viabilidade durante 12 meses, se estiverem a flutuar na água. As sementes germinam, tanto na escuridão contínua como com a luz do dia. Por estaca: ramos lenhificados, quando as folhas estiverem a caír, no outono, num solo algo arenoso.

Designação em inglês / espanhol: Black Alder / Aliso

Estado de conservação:  NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX

* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada), VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)

Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida

Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.

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Ruben Boas

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Ruben Boas

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Ruben Boas

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zona mais adequada à plantação

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