Alfarrobeira
Ceratonia siliqua L.
Família: Fabaceae ; Publicação: 1753
Distribuição geográfica: região mediterrânica, sobretudo a zona oriental. Em Portugal encontra-se sobretudo no Algarve, mas também Arrábida e Lisboa.
Caducidade: persistente
Altura: até 15 m
Longevidade: normalmente de 200 a 300 anos
Porte: árvore de copa ampla, densa, ovóide ainda que irregular.
Ritidoma: castanho-acinzentado, tornando-se fendido e tortuoso à medida que envelhece.
Folhas: alternas, parifoliadas com 2-5 pares de folíolos com 3-5 x 3-4 cm, elípticos ou obovados, emarginados no ápice, coriáceos, inteiros; verdes escuros e brilhantes na página superior e glabros e páldos na inferior; estípulas caducas.
Estrutura reprodutiva: poligâmica ou dióica; flores geralmente unissexuais, raramente hermafroditas, reunidas em cachos sobre o caule ou a axila das folhas; perianto de 2-5 mm constituido por 5 sépalas esverdeadas, caducas; pétalas nulas, estames geralmente 5 (raramente 6-8); ovariofusiforme, serício; fruto, uma vagem com 10-20 x 1,5-2 cm, oblongo-linear, indeiscente, violáceo-acastanhada, pendente, com polpa açucarada entre as sementes.
Floração: maio a finais do outono
Maturação dos frutos: verão do ano seguinte
Habitat e ecologia: geralmente em solos derivados de calcários ou vérticos de basaltos, indiferente ao pH; solos muito húmidos são prejudiciais. Vive em altitudes baixas. Espécie de sol, que é resistente à seca. Necessita de um clima suave e quente, sendo sensível às geadas, não resistindo a temperaturas abaixo dos -5ºC. A árvore tem relações simbióticas com certas bactérias que vivem no solo. Estas bactérias formas nódulos e fixam o azoto da atmosfera. Este azoto é utilizado pela árvore mas também pelas plantas na vizinhança.
Usos e costumes: planta cultivada pelo fruto, que serve para alimentar o gado e para produzir sucedâneos de chocolate. As folhas utilizam-se para curtir. Usava-se como unidade de peso para os materiais precisosos da Idade Média (a palavra quilate recebeu o seu nome da palavra árabe querat que é a semente da Alfarrobeira.) Sendo uma planta dióica, verifica-se que a proporção entre indivíduos masculinos e femininos varia regionalmente por força do cultivo: em Lisboa e Arrábia, onde não houve exploração, predominam os machos; no Algarve, onde houve exploração intensa, predominam as fêmeas porque as árvores masculinas foram enxertadas.
Valores nutricionais da alfarroba (por 100 g / %DDR):
Energia: 222 kcal
Hidratos de carbono: 89 g
dos quais açucares: 49 g
dos quais fibra: 40 g
Lípidos: 0,7 g
Proteínas: 4,6 g
Vit. A: 14 IU (280%)
Vit. B6: 0,4 mg (31%)
Vit. C: 0,2 mg (0%)
Sódio: 35 mg (2%)
Potássio: 827 mg (17%)
Cálcio: 348 mg (35%)
Ferro: 2,9 mg (21%)
Magnésio: 56 mg (15%)
Modos de propagação: Por semente: Demolhe as sementes em água morna 24 horas, antes de semear. Se a semente não tiver inchado, demolhe um pouco mais até que isso aconteça. A germinação deverá ocorrer dentro de 2 meses. Assim que as plantas tenham o tamanho suficiente para serem mauseadas, separe-as em vasos profundos e deixe-as crescer em ambiente resguardado, pelo menos até passarem o seu primeiro inverno. Mude-as para os seus locais definitivos na primavera.
Designação em inglês / espanhol: Carob Tree / Algarrobo
Estado de conservação: NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX
* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada), VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)
Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida
Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.
Rúben Boas
Rúben Boas
zona mais adequada à plantação