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Aderno-de-folhas-largas

Phillyrea latifolia L.

Família: Oleaceae  ; Publicação: 1753

Sinónimos: P. media L.

Distribuição geográfica: região mediterrânica. Em Portugal, no sul, centro e vale do Douro.

 

Caducidade: persistente

Altura: até 15 m

 

Porte: árvore ou arbusto de copa arredondada
Ritidoma: acinzentado, algo rugoso, quase sempre revestido de pêlos quando jovem.
Folhas: opostas, simples, elíptico-oblongas a ovado-lanceoladas, com 4-7 x 1-3cm com 7-11 pares de nervuras evidentes, aproximadas entre si e formando um ângulo aberto com a nervura primária; as folhas dos ramos ou plantas jovens são arredondadas e de margens serradas, quase espinhosas; as folhas dultas são lanceoladas e de margens finamente serradas ou inteiras.
Estrutura reprodutiva: flores agrupadas em inflorescências muito curtas, axilares; cálice campanulado, curto, amarelado com 4 lóbulos triangulares; corola branca-esverdeada; fruto, uma drupa ovóide de 7x10mm, globosa, mútica, de cor negra quando madura.
Floração: primavera
Maturação dos frutos: outono

 

Habitat e ecologia: ocorre na floresta mediterrânica ou matos altos de substituição e é indiferente à natureza do substrato, embora preferindo solos mais evoluídos do que a P. angustifolia e ambientes com alguma humidade. Apresenta grande sensibilidade ao frio (geada) o que condiciona a sua presença em altitudes elevadas (até 1000m). Prefere locais sem sombra ou com sombra parcial. Tolera exposição marítima.

 

Usos e costumes: a madeira dura permite fabricar carvão de boa qualidade e era antigamente usado por ferreiros. As suas folhas e frutos são usados no tratamento de úlceras e inflamações da boca. Actualmente é usada muito frequentemente como ornamental.

 

Modos de propagação: Por semente: Plantar a semente, logo que esta esteja madura, no outono. Pode ser reproduzida no interior, sendo melhor, neste caso, fazer algum tempo de estratificação a frio. Quando as plantas tiverem o tamanho suficiente para manusear pode mudá-las para o seu local deifinitivo, ou se preferir, colocá-las em vasos e deixá-las assim durante o inverno, mudando-as na primavera. Por estaca: na primavera, cortar ramos semi-maduros, com 7-10 cm, que tragam na base parte do ramo mais velho. (esta ligação é que produzirá raízes). Também por alporquia, no outono.

 

Informações adicionais: alguns autores consideram a existência de duas subespécies ou variedades. A P. latifolia subsp. media (L.) P. Fourn. Tem as folhas uniformes elípticas, oblongas ou ovado-lanceoladas (4-6 x 1,6-2cm), levemente serradas a subinteiras, as jovens praticamente iguais às adultas; fruto subgloboso e rematado por um pico (apiculado). A P. latifolia subsp. latifolia apresenta as folhas maiores, biformes as dos primeiros rebentos (folhas juvenis) quase sésseis, profundamente dentadas, subespinhosas, as adultas ovado-lanceoladas, pecioladas, menos serradas, drupa não apiculada.

 

Designação em inglês / espanhol: Green olive tree / Labiérnago de hoja ancha

Estado de conservação:  NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX

* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada), VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)

Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida

Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.

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Rúben Boas

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Abdelmonaim Homrani Bakali

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Giancarlo Dessì

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zona mais adequada à plantação

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