Abrunheiro | cagoiceiro
Prunus insititia L.
Família: Rosaceae ; Publicação: 1755
Sinónimos: P. domestica L. subsp. insititia (L.) Bonnier & Layens
Distribuição geográfica: centro e sul da Europa, norte de África e sudoeste da Ásia. Em Portugal ocorre um pouco por todo o país, exceto no norte e sul litorais.
Caducidade: caduca
Altura: até 6m
Longevidade: ultrapassa frequentemente os 100 anos
Porte: árvore ou arbusto de copa arredondada
Ritidoma: castanho-acinzentado, liso quando jovem, fissurando à medida que envelhece; ramificação abundante e tortuosa, por vezes espinhosa; raminhos pubescentes quando jovens.
Folhas: obovadas a elípticas, com 3 - 8 x 1,8 – 5 cm, densamente pubescentes (raras vezes glabrescentes) na página inferior e no pecíolo.
Estrutura reprodutiva: flores brancas, solitárias ou dispostas 2-3 em fascículos; fruto, uma drupa de 2 - 5 cm, subglobosa a oblonga, purpúrea, vermelha, amarela ou verde, pruinosa; polpa ácida mas comestível (não adstringente) e difícil de separar do endocarpo subgloboso e escassamente carenado; pedicelos pubescentes de 0,5 - 1,5 cm.
Floração: março - abril
Maturação dos frutos: agosto - setembro
Habitat: sebes, matas frescas e abertas ou barrancos. Vive tanto em solos básicos como ácidos mas, prefere-os bem drenados. Pode viver na semi-sombra embora frutifique melhor numa posição soalheira. Tolera ventos fortes, mas não proximidade costeira. Possui raízes superficiais que, se forem danificadas, produzirão ramos ladrões.
Usos e costumes: os seus frutos são utilizados em compotas e licores, de que é exemplo a bebida alcoólica anisada, conhecida com “acharán”. Serve frequentemente como porta-enxerto de outras espécies do género Prunus. Ideal para formar sebes.
Informações adicionais: o abrunheiro não deve ser confundido com a ameixeira (P. domestica L.), espécie cultivada como fruteira, inerme, de flores branco-esverdeadas, com frutos maiores e mais arredondados, doces.
Modos de propagação: Por semente: requer 2 a 3 meses de estratificação e deve-se colher assim que os frutos estiverem maduros. A semente pode ser deveras lenta a germinar, demorando por vezes 18 meses. Separe as plantas em vasos individuais quando passíveis de serem manuseadas. Proteja-as do frio no primeiro inverno e plante-as no exterior na primavera do ano seguinte. Por estaca: estacas semi-lenhificadas em julho / agosto, protegendo-as. Estacas verdes de árvores viçosas na primavera. Também por alporquia, na primavera.
Designação em inglês / espanhol: Damson / Endrino mayor
Estado de conservação: NE | DD | LC | NT | VU | EN | CR | EW | EX
* NE (Não avaliada), DD (Informação insuficiente), LC (Não preocupante), NT (Quase ameaçada),VU (Vulnerável), EN (Em perigo), CR (Em perigo crítico), EW (Extinta na natureza), EX (Extinta)
Tendência populacional: decrescente | estável | crescente | desconhecida
Nota: Segundo a Lista Vermelha da IUCN. Estado de conservação a nível global. O seu estado e tendência em Portugal pode diferir.
PERIGO: Apesar de não haver uma referência concreta quanto a esta espécie, praticamente todos os membros do género produzem cianeto de hidrogénio. É o ingrediente que dá às amêndoas o seu sabor característico. Está presente sobretudo na semente e folhas. Qualquer fruto demasiado ácido não deve ser ingerido. Em pequenas quantidades o cianeto de hidrogénio tem demonstrado ser benéfico para estimular a respiração e a digestão, sendo também bom para o tratamento do cancro. Contudo em excesso pode causar falência respiratória e morte.
Rúben Boas
zona mais adequada à plantação